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Simpósio: Experiência Cultural e Patrimônio Universitário

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             Até o dia 26 deste mês (02) estão abertas as inscrições para o Simpósio  “Experiência Cultural e Patrimônio Universitário”, promovido pelo Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo e Pró-reitoria de Cultura e Extensão da USP, que deverá ocorrer nos dias 7, 8, e 9 de março, em São Paulo. 

             Estão programadas várias mesas de discussão com especialistas de diversas universidades e centros de preservação do patrimônio do país, e, ao contrário do que se poderia pensar, diante do tema definido, o objetivo central do encontro é aprofundar as discussões sobre conceitos importantes que permeiam as  políticas culturais pensadas na relação Universidade/Patrimônio/Sociedade. Temas como “Universidade e Vida Pública”, “Universidade, cidade e natureza”, Cultura das práticas científicas” e “ História, memória e patrimônio universitário”, reunirão nas mesas de debates, alguns dos mais significativos estudiosos desse campo, tais como os professores Ulpiano de Menezes e Maria Cecília França Lourenço, além de demais estudiosos dessa e de outras áreas de conhecimento. 
 
             A abertura dos trabalhos será realizada na sede do Centro de Preservação Cultural CPC-USP - Casa de Dona Yayá, na Rua Major Diogo, e, as mesas de debate terão lugar no Teatro da Faculdade de Medicina da USP, na Dr. Arnaldo.
 
 
Leia abaixo sobre a importância do Simpósio, a programação completa
e demais informações para as inscrições.
 
             Em meados da década de 1990, a UNESCO criou um fórum especialmente dedicado a estimular o envolvimento da universidade com as questões do patrimônio. O que interessava não era exatamente o patrimônio cultural da universidade, mas a necessidade de construção de redes internacionais de cooperação no campo acadêmico. A novidade era apenas a escala multilateral de fomento, posto que há décadas, em diversos países do mundo, como entre alguns deles compromissos importantes vinham sendo estabelecidos entre universidades (nacionais e estrangeiras) e meios institucionais da preservação. Inclusive no Brasil, onde desde a década de 1970 a crise dos paradigmas ideológicos, teóricos e profissionais que nortearam a ação governamental neste campo vinha sendo acompanhada de crescente envolvimento das universidades na produção de conhecimento e formação de quadros de especialistas e dirigentes. 
 
 
             Uma iniciativa diversa foi estruturada a partir de 2000, com a criação no interior do prestigioso Conselho Internacional de Museus de um Comitê Internacional de Coleções e Museus Universitários. Voltado à proteção de acervos e ao intercâmbio de idéias e obras entre instituições de ensino superior, também aqui o nexo com o patrimônio da universidade partia de uma definição exótica, no caso proveniente da realidade muito particular dos acervos museológicos. 
 
 
             O simpósio “Experiência Cultural e Patrimônio Universitário” não se propõe a focalizar o papel que a universidade vem cumprindo no desenvolvimento da reflexão sobre o patrimônio cultural, nem a avaliar suas próprias políticas de coleções e acervos. Em vez disso, pretende avançar na discussão de um conceito por assim dizer “nativo” de patrimônio, diretamente ligado à experiência cultural da universidade. Ao formular sua especificidade institucional, assim como das práticas intelectuais com as quais ela opera, e seu lugar na vida pública e entre as diversas formas de cultura e de saber, espera-se contribuir para a reflexão em torno dos objetos e suportes peculiares ao patrimônio universitário e de seus modos de tratamento e relevância, naquilo que os distingue dos habitualmente considerados em outras esferas de preservação dos bens culturais. 
 
 
             A USP e o patrimônio cultural da universidade
 
 
             Além de fomentar uma reflexão mais ampla sobre o tema, envolvendo intelectuais e acadêmicos de diversas áreas de conhecimento, pretende-se recolher subsídios para a consolidação de uma política de memória e patrimônio no âmbito da Universidade de São Paulo. 
 
 
             O simpósio é promovido pelo Centro de Preservação Cultural da USP. Criado em 2002 pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, a partir da antiga Comissão de Patrimônio Cultural, sua atuação foi inicialmente marcada pela identificação, proteção, conservação e extroversão dos bens, conjuntos e acervos de valor histórico da Universidade. Nos últimos anos algumas iniciativas apontam para a revisão do alcance da noção de patrimônio cultural da universidade para além dos registros de monumentalidade, antiguidade, consagração, excepcionalidade ou raridade. 
 
 
             O desafio proposto é pensar criticamente os elos mais gerais entre patrimônio e universidade, em três frentes. Em primeiro lugar, ultrapassando o caráter eventual e exógeno das iniciativas nesse campo por princípios e diretrizes coerentes com a especificidade cultural da Universidade. Em segundo lugar, abandonando o tom nostálgico, oficial ou celebratório que povoa o imaginário patrimonial e universitário. Por último, e sobretudo, desviando o foco de interesse dos grandes marcos, personalidades ou realizações, assim como dos monumentos, acervos e coleções, para a memória dos grupos que compõem a universidade, a singularidade de suas práticas intelectuais e científicas, seus atributos de criatividade e inovação, seus suportes cotidianos de trabalho e existência, bem como os vínculos que estabelecem com a experiência cultural e política mais ampla. 
 
 
 
ABERTURA
07.03  | 19h
Sede do Centro de Preservação Cultural CPC-USP - Casa de Dona Yayá
Rua Major Diogo, 353 - Bela Vista – São Paulo - SP
 
Pró-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda (PRCEU-USP/ FFLCH-USP)
André Mota (FM-USP)
Fernanda Arêas Peixoto (FFLCH-USP)
José Tavares Correia de Lira (CPC/ FAU-USP)
 
MESAS
Teatro da Faculdade de Medicina da USP
Av. Dr. Arnaldo, 455 – Metrô Clínicas – São Paulo - SP
 
08.03
 
Mesa 1 | 9h às 12h
UNIVERSIDADE E VIDA PÚBLICA
A universidade parece partilhar com a cidade, ao menos no Ocidente, algumas características sociológicas comuns, provavelmente derivadas de suas afinidades históricas com os valores de secularidade, tolerância, especialização, concentração e diversidade. Contudo, há diferenças notáveis entre uma e outra, seja no plano de suas vocações sócio-culturais, seja do ponto de vista dos tipos de conhecimento que nelas se produzem.
 
A mesa se propõe a pensar as semelhanças, diferenças e inter-relações entre a universidade e a vida pública considerando a pluralidade de sentidos e atributos culturais que ambas contêm. De que modos as universidades se inscrevem na vida urbana, no presente e no passado? Como reagem aos estímulos sociais, culturais e políticos que as envolvem, e se articulam a ideologias, saberes e discursos não acadêmicos? Em que nível é possível afirmar que a universidade detém o monopólio da produção e guarda do conhecimento autorizado, e como se relaciona com os novos ‘habitats’ do conhecimento que a sociedade vem elaborando? Quais as relações que a
pesquisa e o discurso acadêmico estabelecem com a cultura pública, a política, a imprensa, as profissões práticas e a intervenção no social? Como atravessar o fosso entre a erudição acadêmica e as condições (e a política) da vida cotidiana, as controvérsias públicas, as experiências locais e os poderes institucionais?
 
Franklin Leopoldo e Silva (FFLCH-USP)
Sérgio Miceli Pessôa de Barros (FFLCH-USP)
Ulpiano Toledo Bezerra de Menezes (FFLCH-USP)
Moderadora: Fernanda Arêas Peixoto (FFLCH-USP)
 
 
Mesa 2 | 14h às 17h
UNIVERSIDADE, CIDADE E NATUREZA
Esta mesa tem como objetivo propor uma reflexão sobre as relações da universidade com o espaço físico. Visa contemplar tanto as interfaces imediatas dos edifícios e campi universitários com as circunstâncias urbanas e regionais de sua implantação, como as distintas categorias de “campo” - urbanas e rurais, ambientais e sociais, arqueológicas e naturais, humanas, minerais, vegetais entre outras - constitutivas do universo empírico das ciências.
 
Neste sentido importa refletir sobre a tendência das universidades e dos saberes científicos ao se aproximarem e/ou distanciarem de seus entornos e objetos de pesquisa, ora a eles se misturando, ora deles se afastando. Que espaços, ecologias e arquiteturas produzem para si? Como articular a experiência intelectual com a experiência espacial das universidades - ora situadas em densos núcleos urbanos, ora isoladas em zonas periféricas, subúrbios protegidos e campi avançados - do ponto de vista da relevância, vitalidade e pertinência do conhecimento nelas produzido? Como os saberes acadêmicos, ao transporem suas fronteiras físicas e institucionais cotidianas, elaboram e são elaborados por seus universos de pesquisa, reagindo, absorvendo ou recriando suas propriedades e estímulos?
 
Carlos Roberto Monteiro de Andrade (IAU-USP)
Marcus Granato (MAST/ MCT)
José Reginaldo Santos Gonçalves (IFCS-UFRJ)
Moderadora: Lilia Blima Schraiber (FM-USP)
 
 
09.03
Mesa 3 | 9h às 12h
CULTURA DAS PRÁTICAS CIENTÍFICAS
O objetivo desta mesa, como o próprio título indica, é pensar a produção universitária – científica e intelectual – como práticas, isto é, a partir dos fazeres que a constituem e não tanto, como de praxe, em função dos resultados acadêmicos que a distinguem. Trata-se de lançar uma reflexão a partir das rotinas de laboratórios e grupos de pesquisa; do cotidiano da sala de aula; dos projetos e planos de investigação; dos instrumentos, métodos e procedimentos preferencialmente escolhidos, sensível aos “estilos” e tradições próprios às instituições, às diferenças entre os campos de conhecimento ou gerações intelectuais. 
 
O propósito é lançar uma reflexão alargada, e comparada, sobre o trabalho universitário, em função do cotejo de experiências específicas, a partir do suposto de que o patrimônio universitário se constrói, e se reconstrói, nas práticas cotidianas no interior das salas de aula, centros e institutos, departamentos e núcleos de investigação. O olhar “para dentro” (e autorreflexivo) sobre a produção universitária deve contemplar também os movimentos de abertura “para fora”, tanto para parcerias extra-institucionais ou extra-acadêmicas na cena político-cultural, assim como para outras culturas, lógicas e linguagens, inclusive as ditas tradicionais ou pré-científicas.
 
 
Roberto de Andrade Martins (IF-UNICAMP/ UEPB)
Stelio Alessandro Marras (IEB-USP)
Eduardo Góes Neves (MAE-USP)
Moderador: André Mota (FM-USP, Museu Histórico da Faculdade de Medicina-USP)
 
 
Mesa 4 | 14h às 17h
HISTÓRIA, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO UNIVERSITÁRIO
Esta mesa tem como objetivo discutir a constituição do patrimônio universitário, entendido seja como atualização de práticas e simbolismos antigos, seja como criação de novos campos de significado histórico e cultural. Neste sentido, propõe contemplar -uma reflexão sobre o registro da história institucional e o significado dos acervos e coleções, conjuntos monumentais ou de memorabilia, incorporando à reflexão sobre o universo patrimonial a especificidade sociohistórica e cultural da universidade, suas heranças (tangíveis e intangíveis) ligadas às práticas de conhecimento, ensino e pesquisa, a memória das criações, inovações e experiências no campo das artes e humanidades, ciências e tecnologias.
 
Levando em conta a multidisciplinaridade e heterogeneidade intelectual que caracteriza a universidade, e fazendo entrecruzar alguns de seus suportes privilegiados de memória, trata-se de pensar como esta se articula ou se confronta com a história e identidade institucionais. Como conceituar tal patrimônio universitário? Quais as suas singularidades ou as relações que entretêm com outras figuras memoriais e identitárias? Com as praticadas por outras instâncias do patrimônio, museus, bibliotecas, órgãos oficiais de preservação, por exemplo? Que campo de objetos, significados, atributos e categorias lhe é peculiar? Quais as formas de valorização e reconhecimento, de tratamento, registro, conservação e extroversão que solicitam? Que papéis públicos uma política de memória e patrimônio universitários teria a desempenhar na sociedade contemporânea? Que legados, heranças e contributos ela teria a cultivar para as gerações futuras?
 
Maria Cecília França Lourenço (FAU-USP)
Fernando Antônio Novais (FFLCH-USP)
Antonio Augusto Arantes Neto (IFCH-UNICAMP)
Moderador: José Tavares Correia de Lira (CPC/ FAU-USP)
 
 

INSCRIÇÕES
01 a 26 de fevereiro de 2012.
Os interessados deverão acessar o site do CPC-USP www.usp.br/cpc, seção “downloads”, onde se encontra disponível a ficha de inscrição, que deverá ser preenchida e enviada por e-mail (This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.) ou por fax (55 11 3106-3562) até o dia 26 de fevereiro. As inscrições serão confirmadas por e-mail até o dia 28 de fevereiro.
Realização
Centro de Preservação Cultural da USP
Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP 
Apoio
Faculdade de Medicina da USP
Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP
Departamento de Antropologia da FFLCH - USP  
EVENTO GRATUITO 
(Fonte: Centro de Preservação Cultural da USP)
IMAGEM:http://yineshikale.blogspot.com/2010/03/ayahuasca-e-xamanismo-cultura-imaterial.html

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Instituto Polis e USP Leste realizam encontro interdisciplinar

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I Encontro Paulista de Pesquisadores de Cultura
reúne acadêmicos e sociedade civil


           Pesquisadores de temas ligados à Cultura das universidades do Estado de São Paulo e de instituições diversas deverão se reunir em fevereiro próximo, dias 9 e 10, para o I Encontro Paulista de Pesquisadores de Cultura, organizado pelo Instituto Polis – uma ONG voltada para os Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais-,  e pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo ( EACH).

           O encontro terá lugar no campus da USP Leste, como é mais conhecida a EACH,  e objetiva, conforme esclarecem os organizadores , fomentar a troca e o encontro interdisciplinares e promover a colaboração entre pesquisadores que se dedicam a temas na mesma área de interesse, no caso a Cultura,  mas em diferentes instituições ou em áreas disciplinares distintas.

           O encontro contará com a participação de pesquisadores de diferentes instituições, não só as acadêmicas, mas também governamentais ou provenientes de entidades ou instituições da sociedade civil, que apresentarão resumos de suas pesquisas em sessões temáticas que estão sendo organizadas.


Serviços
As inscrições são gratuitas e  encerram-se no dia 18 de janeiro.
Acesse o link abaixo:
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A programação completa, com horários e divulgação das mesas de discussão será feita através do site do encontro (www.pesquisaemcultura.org ) até o final de janeiro.
Endereço: Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH USP Leste)
 Av. Arlindo Bettio, 1.000, Ermelino Matarazzo - São Paulo/SP.
(todas as informações de transporte no site do encontro)

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