Guerra e Paz - Parte I
“Não conheço nenhuma grande arte
que não esteja intimamente ligada ao povo”
Portinari, Buenos Aires, 1947.
Nem o próprio filho de Portinari (1903-1962), João Candido, há mais de 30 anos à frente do Projeto Portinari, poderia prever que os painéis Guerra e Paz, instalados desde 1957 no edifício-sede da ONU- Organização das Nações Unidas-, em Nova York, estariam aqui no Brasil, para as homenagens dos cinquenta anos da morte do artista. “Ninguém imaginava que Guerra e Paz pudesse um dia, voltar ao Brasil”, declarou. Até o momento, cerca de 170 mil pessoas , dentre elas 44 mil pessoas que assistiram a inauguração dos painéis no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em dezembro de 2010 , e o restante em São Paulo, onde os painéis estão expostos desde março deste ano no Memorial da America Latina, podem ver uma das obras mais representativas do modernismo brasileiro. É bem provável que o número de espectadores atual seja ultrapassado em muito essa marca, uma vez que depois de encerrada a mostra em São Paulo, o que se dará em 20 de maio, Guerra e Paz deve ir para o Museu de Oslo, Noruega, e Museu da Paz, em Hiroshima. Está prevista ainda, uma exposição-despedida no Rio de Janeiro antes que os painéis sejam devolvidos à ONU.
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